Ijiranaide, Nagatoro-san : episódio 3 Review

Nagatoro-san fica mais interessante, embora suavize cada vez mais a temática que trouxe boa parte dos telespectadores

Ijiranaide, Nagatoro-san :  episódio 3 Review

Eu ainda não estou convencido da premissa de Don’t toy with me, Miss Nagatoro, mas é inegável que estou surpreso com a quantidade de sutilizas apontadas nos episódios. Isto, pois imaginava que a maior parte do anime buscaria criar cenários de bullying cada vez mais ultrajantes e com pouca atenção a concepções como tema, roteiro, qualidade de animação e desenvolvimento de personagem. Embora o anime funcione para aqueles que buscam ver o Senpei ser dominado, no 3° episódio o show recua em relação a esse aspecto e concentra-se em definir a relação inusitada e como ela pode desenvolver-se daqui para frente. Isto é incrível, enquanto há um conteúdo para analisar.

Eu citei a “humanização” de Miss Nagatoro como uma pessoa real na segunda analise e creio ser este um ponto medular do seriado. De inicio, é evidente que diferente da minha preconcepção, Nagatoro poderia facilmente ser uma menina intimidando algum garoto que ela curte. Sua opressão sobre o Senpai só acontece quando ela está no controle da situação, então sempre que um elemento inesperado entra em cena, suas amigas, ela fica sem reação. Eventualmente, depois de um tempo ela encontra maneiras de contornar o dilema, mas precisa considerar o Senpai primeiro. Muito do humor na obra está no entendimento do telespectador de que Nagatoro não precisa esforçar-se para cutucar o Senpai. Hachiouji chegou a tal ponto que pensa estar praticando jogos mentais exagerados com Nagatoro em termos de adivinhar para onde ela está indo com tantos pensamentos atormentadores, porem sua imaginação vai muito além do convencional e ele acaba se auto agredindo. A título de exemplo, uma simples aparência de fan servisse que seria tida como uma recomenpesa em uma comedia slice of life, é implantada como uma piada de decepção, confirmando a futilidade dos esforços dela para tirar o máximo do Hachiouji.

A discrepância entre a percepção do menino sobre Nagatoro e a real personalidade dela fica muito visível no episódio 3. Na primeira parte a menina devaneia virtuosamente se deve convidar o Senpai para sua casa, matutando os prós e os contras, no entanto, lamentavelmente o nosso herói só consegue considerar que está sendo conduzido para o matadouro. O garoto não consegue pensar em nada além da possibilidade de ser torturado pelos pais da menina, na verdade, os responsáveis não estão em casa e Miss Nagatoro quer apenas organizar as coisas para cuidar dele. O tom posto nesse episódio é o que de fato impressiona, tivemos menos elaboração de esquemas de bullying e mais de dinâmica de relacionamento – dois amigos agitados jogando videogame e zoando um com o outro. Em comparação com os ensejos estimulantes que o fizeram chorar, você pode realmente sentir algum encanto mútuo entre os dois.

A aproximação crescente entre os dois felicitou a interação do garoto com as amigas de Nagatoro-san. Elas são meio que da mesma laia que Nagatoro, tendo em vista que tem a mesma língua afiada da furiosa, e bulinar alguém é algo comum a todas. Nagatoro não está defendendo o Sempai no momento de interação, em vez disso, ela mostra-se possessiva com seu brinquedo, talvez ciumenta ou protetora. Isso pode ser notado quando o menino protesta felicidade no final, provando que está feliz em ser o objeto de desejo particular da menina. Não o culpo, pois é comum a necessidade de ser desejado nas relações humanas e o desejo de ser visto como o particular animal de estimação de uma garota como Nagatoro, em vez de apenas mais um que ela bulina as vezes. Essa percepção é parte integrante da fantasia aqui nesse anime. Mas ela não é má, e prova isso quando discorda veementemente dos insultos de seus amigos. Nagatoro não quer ser cruel apenas pela crueldade, ela segue os ensinamentos de Roger Rabbit e só assumirá esse comportamento quando for engraçado.

Até esse momento, Nagatoro que apenas aumentar o quociente de humor dos cenários dela e do Senpai. Há alguns insights potencialmente interessantes, porém por hora a única coisa comprovada é que o garoto é um merda. Nagaroto, por outro lado, faz-nos perguntar qual a extensão da sua motivação em faze-lo recuar ou se defender de travessuras. Mesmo constantemente falando mal dele, há sempre uma sensação de que ela se orgulha dele por quaisquer avanços que ele faça. Vale ainda reiterar que até agora o show é mais sobre amigos maliciosos do que um cenário completo de fetiche por bullying. Por hora, caso eu fosse resumir o anime até aqui: Ele é agradável, bastante interessante em pontos específicos, e pode continuar a persistir no longo prazo, porém corre o risco de perder seu público se esquecer o motivo pelo qual viemos parar aqui.

NOTA: ★ ★ ★ ½

Qual Sua Reação?

like
6
dislike
0
love
0
funny
1
angry
1
sad
1
wow
2