Saga East Blue: Crítica 5 Arlong Park

Fonte: one-piece | fandom

Nami foi a terceira a juntar-se aos Piratas do Chapéu de Palha, mas não tínhamos visto muito dela, até esse arco. Ela sempre estava no fundo das cenas tocando pequenos papéis ou direcionando o grupo (pondo ordem na casa), todavia tudo muda quando vê um pôster de procurado que parecia desencadear algum tipo de raiva. Depois de recrutar Sanji, Luffy persegue Nami que roubou o Going Merry e o resto da tripulação. Nesse arco, Arlong Park, seguimos a tripulação enquanto tentam trazer a navegadora de volta da Viila Cocoyasi, a cidade natal de Nami. Antes de avançar no review, já ratifico que aqui podemos ver o melhor dos chapéus e alguns dos momentos mais inesquecíveis da obra.

Dito isso, descobrimos surpreendentemente que Nami tem roubado dinheiro para comprar sua cidade natal de Arlong (alcunha, a serra), o capitão dos piratas Arlong. Este tem um ódio profundo pelos humanos e acredita que a raça dos tritões é superior, entretanto, nenhum membro de sua tripulação sabe desenhar matas tão determinantes e detalhados quanto Nami. Sabendo que os mapas são muito úteis ao aumentar o número de possibilidades pelo entendimento dos layouts e correntes, Arlong decide manter Nami por perto desde criança. Portanto, Arlong governa o rincão da timoneira e as várias outras vilas comportando-se tal qual um ditador. Ao chegar a aldeia dela, por exemplo, fez todos pagarem para poder viver. Isso fez com que a mãe adotiva de Nami fosse morta e ela se juntasse à tripulação de Arlong.

Finalmente conseguimos ver do que se trata seu backstore, e caramba, este ainda é um dos melhores de toda a série. Ver Nami perder Bell-mère e sofrer horríveis abusos sob a Jolly Roger dos homens-peixe é realmente de partir o coração. Honestamente, é meio horrível, neste ponto, este é facilmente o momento de One Piece mais sombrio até agora. E então há o presente. Este arco é o pico absoluto de Nami. Você pode vê-la lutando para manter tudo sob controle, para proteger seus amigos e família, custe o que custar. Então, quando todos os esforços dela deram em nada, a vemos desmoronar física, mental e emocionalmente, está completamente derrotada.

A Nami-chuan não faz quase nada no arco e ainda assim é extremamente desenvolvida. Ela não luta com nenhum dos tritões, até o Ussop consegue uma grande luta, e isso é meio que a melhor coisa sobre este arco. Aqui Oda trabalha a percepção que ela tem devido a sua formação de pessoa. Toda a premissa de sua personagem é que ela está tentando salvar esta cidade sozinha a tanto tempo, que não percebeu que tem pessoas ao seu redor que podem ajuda-la a fazer as coisas que ela mesma não pode. No momento em que finalmente recorre a Luffy  para la ajudar, quando esta devastada e em lagrimas, o capitão põe seu chapéu icônico em sua cabeça e avança com o grupo para Arlong Park. Tematicamente, faz muito sentido deixá-la fora da resolução do clímax do jeito que eles fazem, e seu personagem não sofre nada por isso. Atrás de Luffy; Sanji, Zoro e Usopp estão em suas poses heroicas e prontos para lutar contra Arlong, em um dos momentos mais badass de todos os animes, a simples caminhada para Arlong Park.

Por onde eu começo com esta cena? É tão bom em tantos níveis! Depois de um arco inteiro de Nami tentando empurrar Luffy e os outros para longe, vê-los parados ali, prontos para lutar contra um inimigo aparentemente invencível é um encapsulamento perfeito de tudo que eu amo em Shounen. Um grupo de amigos maltrapilhos, prontos para enfrentar o mal só porque ele fez um amigo chorar. Também é a cena perfeita do Luffy. Nós e Nami sabemos o quanto aquele chapéu significa para ele. No entanto, quando seu amigo pede ajuda, ele confia-lhe e jura ajudar sem nem mesmo um segundo de hesitação. Mesmo depois de tudo isso, depois de quão duro ela tentou afastá-lo, ele ainda confia completamente nela. Se você ainda não ama Luffy, você vai amá-lo depois disso. 

Também é provavelmente a melhor ação da série, conseguindo superar o último arco. As lutas em One Piece melhoram constantemente ao longo do seriado, e estou muito animado para converir o que mais o espetáculo tem a oferer do ponto de vista estético de ação.O próprio World Building cresce tanto de tamanho que muitos podem estar pergunta-se o quão grandioso tudo vai ser no futuro, se este for apenas o ponto de partida, a formação inicial do grupo. No geral, o arco é ótimo. grandes momentos de personagens para todo o elenco, ótimas lutas e histórias realmente boas. Os outros chapéus de palha também recebem muito amor. Zoro prova o quão durão ele é ao vencer uma luta com um ferimento quase fatal. Sanji imediatamente salva o dia ao resgatar um Luffy caído demonstrando a força e inteligência de seu personagem. Usopp consegue sua primeira luta um contra um, que é surpreendentemente animadora e emocionante. Depois do último arco, que foi muito o show de Luffy e Sanji, é muito bom ver todos os cinco chapéus de palha compartilhando a luz do spot.

Do lado dos vilões, vamos começar com o próprio Arlong. Ele é um vilão bastante intimidante e facilmente odiável! Sua enorme estatura, incrível poder e atitude condescendente não diferem dos vilões anteriores da série. Convenhamos, One Piece é a única história em que você pode chamar de vilão um homem gato louco, um palhaço psicopata e um arsenal militar ambulante. Mas quando você vê Arlong casualmente lançando edifícios? É difícil compará-lo aos vilões decentemente domesticados que Luffy pisou até agora. O resto de sua tripulação, a maioria deles é trivial, bastante esquecível. O único divertido é Hachi, sua luta com Zoro é divertida. Além disso, ele desempenha um papel interessantíssimo na história mais tarde. Todos os outros, no entanto, são personagens para serem derrotados, até que os Mugi cheguem no Arlong.

Ao todo, Arlong Park é um arco fenomenal. Se você gostou do material inicial, mas hesitou em continuar lendo, eu recomendo fortemente que você dê uma chance ao restatne do animé/manga, porque dáqui pra frente tudo fica maior e melhor.

Nota: ★ ★ ★★